No Brasil, a cada ano, são feitas cerca de 1,5 milhão de cirurgias plásticas, o que nos coloca à frente de todos os outros países quando o assunto é procedimento reparador, estético e reconstrutivo. Dentre elas, a principal cirurgia – aqui e no mundo todo – é a mamoplastia, abordagem que visa alterar o tamanho ou formato dos seios utilizando, principalmente, as próteses mamárias de silicone.
Nesse quesito, a evolução dos modelos de próteses tem sido notável ao longo dos anos, culminando em uma melhora considerável na qualidade do produto, no resultado do procedimento e na duração das próteses mamárias, pois enquanto as antigas tinham data de validade pré-definida, as atuais não apresentam essa limitação temporal. Nesse sentido, tornou-se ainda mais importante realizar o monitoramento periódico com exames de imagem para garantir a saúde e a integridade desses implantes.
O que são próteses mamárias?
As próteses mamárias são soluções médicas fabricadas em silicone e projetadas para aumentar o volume e/ou melhorar o formato dos seios em pacientes que buscam melhorias estéticas ou reconstrutoras – sendo essa uma situação muito comum em mulheres que tiveram Câncer de Mama.
Desgaste das próteses: complicações mais comuns
Ainda que a paciente busque os melhores cirurgiões plásticos e tome todos os cuidados necessários durante o pós-operatório, existem algumas complicações comuns que devem ser de conhecimento de qualquer mulher que pretende colocar próteses mamárias:
- Contratura capsular
A contratura capsular é um evento que ocorre em mais de 70% das cirurgias de próteses mamárias, e consiste na formação natural e esperada de uma cápsula de tecido fibroso ao redor da prótese, tal como um tecido cicatricial. No entanto, em alguns casos, a cápsula pode enrijecer e se contrair de forma anormal, causando desconforto, deformidade e dor – alterações que podem serem notadas durante o acompanhamento regular com a mamografia, permitindo, assim, uma investigação aprofundada e uma intervenção antecipada, se necessário.
- Ruptura da prótese
Outra complicação potencial dessa cirurgia é a ruptura da prótese. Embora as próteses mamárias modernas sejam feitas de materiais de maior qualidade e aprovadas pelos órgãos de saúde, ainda é possível que ocorra ruptura devido a lesões, traumas, desgaste ou defeitos de fabricação. Porém, em muitos casos essa ruptura é assintomática, e o acompanhamento com exames de imagem pode ajudar a identificar o problema precocemente.
Exames de imagem para monitoramento das próteses mamárias
- Mamografia
A mamografia é um exame de Raio-x bastante realizado no Brasil por fazer parte do protocolo nacional de rastreio do Câncer de Mama. Mas esse exame também ajuda na detecção de alterações e complicações das próteses mamárias, incluindo contratura capsular e ruptura.
- Ultrassonografia das mamas
A ultrassonografia é outra ferramenta valiosa para monitorar as próteses mamárias, pois através da emissão de ondas sonoras esse exame permite avaliar imagens detalhadas das estruturas internas, sendo particularmente útil para identificar complicações como vazamentos de silicone ou alterações do implante.
- Ressonância Magnética
A ressonância magnética é um exame altamente sensível que pode ajudar a detectar problemas nas próteses mamárias, mesmo em estágios iniciais, como vazamentos silenciosos de silicone. Por ser um exame de custo mais elevado, a RM é geralmente solicitada quando outro exame já identificou alguma alteração de imagem ou uma complicação, sendo preciso investigar mais profundamente.
Portanto, ao optar por uma cirurgia de aumento ou reconstrução de mamas com próteses de silicone, a paciente deve compreender a importância de manter um monitoramento constante com exames de imagem para garantir a integridade das próteses mamárias.
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