Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022 mais de 73 mil novos casos de Câncer de Mama foram diagnosticados, tornando essa a principal doença neoplásica no Brasil depois do Câncer de Pele não melanoma. Nesse sentido, é preciso reforçar a importância do rastreamento do Câncer de Mama, pois já é fato amplamente conhecido que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura dessa doença.
Rastreamento por imagem
A detecção precoce do Câncer de Mama é uma das principais prioridades de saúde a nível nacional, sendo que a mamografia é a técnica de escolha para identificar possíveis alterações suspeitas de malignidade. Porém, é importante esclarecer que o rastreamento do Câncer de Mama por meio de exames de imagem funciona como um filtro que permite distinguir casos suspeitos que necessitam uma investigação mais aprofundada daqueles que, naquele momento, não apresentam anomalias suspeitas.
Faixa etária indicada para o rastreamento do Câncer de Mama
- Mulheres de baixo risco
Segundo as diretrizes da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o rastreamento em mulheres sem fatores de risco conhecidos para o câncer de mama deve se iniciar aos 40 anos e ser realizado anualmente.
- Mulheres de alto risco
Nessa categoria estão inclusas as pacientes com mutações genéticas ou com história familiar positiva para o câncer de mama, bem como as que já passaram por tratamentos radioterápicos na região do tórax e diversas outras condições que aumentam o risco de desenvolver a doença para mais de 20%. Para essas pacientes, o rastreamento deve iniciar aos 30 anos e a periodicidade deve ser individualizada para cada caso.
Quais exames devem ser realizados?
A mamografia é o exame mais indicado para o rastreamento do Câncer de Mama, principalmente em mulheres de baixo risco, por ser altamente eficaz na detecção precoce de anomalias. Porém, em pacientes de alto risco ou naquelas em que a mamografia apresentou algumas alterações duvidosas, a ultrassonografia das mamas pode ser indicada como um exame complementar.
Além disso, a ressonância magnética e a tomossíntese são opções que podem ser consideradas em casos individualizados, incluindo pacientes de alto risco ou até para acompanhamento quimioterápico. Porém, o diagnóstico final só pode ser dado através da biópsia de mama, cuja indicação é feita pelo sistema de classificação BI-RADS.
Rastreamento do Câncer de Mama: classificação BIRADS
O BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) é um sistema internacional de classificação usado pelos radiologistas para descrever e relatar os achados de exames de imagem durante o rastreamento do Câncer de Mama, e que ajuda a categorizar as anomalias de acordo com o grau de suspeita de malignidade e a guiar as condutas médicas.
As categorias BI-RADS variam da seguinte forma:
- BI-RADS 0: achados inconclusivos, devendo-se realizar avaliação adicional com outro tipo de exame de imagem;
- BI-RADS 1: resultados normais, com recomendação de manter o exame anualmente;
- BI-RADS 2: foram encontrados achados benignos, como cistos ou calcificações, e a recomendação é manter o rastreamento anual;
- BI-RADS 3: foram encontradas alterações com 98% de chance de benignidade, e a recomendação é de reduzir o intervalo das mamografias para seis meses durante os dois anos seguintes;
- BI-RADS 4: os achados têm características suspeitas de malignidade, devendo-se prosseguir com biópsia;
- BI-RADS 5: há 95% de probabilidade de os achados no rastreamento do câncer de mama serem malignos, devendo-se realizar biópsia;
- BI-RADS 6: Câncer confirmado: nessa categoria entram os casos que já foram biopsiados e tratados, e as condutas referem-se ao tratamento individual da paciente.
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