Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o rastreamento do câncer de mama permite reduzir em até 30% a mortalidade pela doença em mulheres de 40 a 74 anos.
O método principal no rastreamento do câncer de mama é a mamografia e é recomendado a partir dos 40 anos. Em alguns casos, porém, a investigação deve ser complementada com ultrassom ou ressonância magnética.
Importância do rastreamento do Câncer de Mama
O rastreamento do câncer de mama permite detectar a doença em seus estágios iniciais, proporcionando maior chance de sucesso terapêutico.
Assim, dentre os métodos já estudados para esse fim, a mamografia é o exame considerado padrão-ouro pela sua capacidade de detectar microcalcificações e pequenos nódulos.
Limitações do ultrassom no rastreamento do câncer de mama
Muitas mulheres questionam sobre o uso da mamografia no rastreamento do câncer de mama por terem medo de sentir dor durante este exame. O rastreamento somente com ultrassom não é suficiente pelo fato do ultrassom não detectar microcalcificações e pequenas assimetrias, que podem ser os sinais mais precoces do câncer de mama.
O ultrassom tem papel importante no rastreamento do câncer de mama mas só é usado isoladamente em paciente jovens abaixo de 40 anos, quando a mamografia tem menor sensibilidade devido à maior densidade mamária.
Natureza do Ultrassom
O ultrassom utiliza ondas sonoras para criar imagens das estruturas internas da mama, sendo uma excelente ferramenta para diferenciar cistos de nódulos sólidos.
No entanto, diferente da mamografia, o ultrassom não é eficaz na detecção de microcalcificações, que são pequenos depósitos de cálcio muitas vezes associados aos estágios iniciais da doença.
Comparação com a Mamografia
A mamografia continua sendo o método mais recomendado para o rastreamento regular do câncer de mama, especialmente para mulheres com mais de 40 anos.
A principal razão é a eficácia comprovada na detecção de pequenas alterações, permitindo reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 30% nas mulheres que fazem o exame regularmente.
O papel do ultrassom no rastreamento complementar
Indicações específicas para ultrassom
Embora o ultrassom não seja adequado como método único de rastreamento do câncer de mama, ele tem um papel importante como exame complementar. Por isso, ele é frequentemente indicado em situações nas quais a mamografia é limitada, sendo estes alguns exemplos:
- Mulheres abaixo de 40 anos
- Mulheres com mamas densas;
- Mulheres com risco calculado de câncer de mama de 15% ou mais;
- Mamografias com BI-RADS 0 (inconclusivo);
- História pessoal de câncer de mama invasor ou carcinoma ductal in situ;
- Mãe ou irmã com câncer de mama;
- Homem na família com câncer de mama.
Complementaridade dos métodos
O ultrassom é um método que ganha eficácia se for utilizado em conjunto com a mamografia, particularmente em casos de mamas densas ou quando há achados suspeitos que requerem uma avaliação adicional. Da mesma forma, em algumas situações a ressonância magnética também pode ser indicada como ferramenta adicional na investigação da doença.
Ou seja, através da combinação de métodos de imagem é possível aumentar a precisão do rastreamento do câncer de mama, garantindo que áreas potencialmente problemáticas sejam melhor avaliadas.
Portanto, embora o ultrassom seja uma ferramenta muito valiosa no diagnóstico e avaliação do câncer de mama, ele sozinho não é suficiente para fazer o rastreamento completo da doença.
Se você tem dúvidas quanto ao melhor método de rastreamento do câncer de mama para o seu caso, pergunte ao seu ginecologista ou mastologista sobre as melhores indicações.
Afinal é necessário fazer uma avaliação sobre a história da paciente para definir se o rastreio deve começar precocemente e quando há necessidade de complementar com ultrassom.
Agende sua consulta e garanta um rastreamento completo e eficaz do câncer de mama.
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