A ressonância magnética (RM) é uma ferramenta poderosa e essencial no diagnóstico do câncer de mama, especialmente em pacientes de alto risco. Afinal, nesses casos, a doença costuma se manifestar de forma mais agressiva e muitas vezes mais cedo, o que justifica a realização de exames mais sensíveis para identificar lesões ou tumores precocemente.
Entenda o que é alto risco de câncer de mama
Diversos fatores genéticos e ambientais contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama ao longo da vida, sendo que o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) elencam estes como os principais:
- Pacientes que tenham mutação comprovada dos genes BRCA1 ou BRCA2 (ou cujos pais tenham a mutação);
- Síndromes genéticas como Li-Fraumeni e Cowden;
- Radioterapia no tórax antes dos 30 anos de idade;
- Familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos;
- Familiar de primeiro grau com câncer de ovário em qualquer faixa etária;
- Familiar de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral;
- Familiar homem com câncer de mama em qualquer idade.
O que é ressonância magnética?
A ressonância magnética é uma técnica de imagem avançada que utiliza um forte campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do interior do corpo. Graças a essa tecnologia, que não emite radiação ionizante (como o raio-X), a RM é uma opção segura para todos os pacientes, inclusive gestantes.
Trata-se, portanto, de um exame que gera imagens em alta resolução, permitindo obter uma visualização detalhada das estruturas que compõem as mamas. Por isso, a ressonância magnética é particularmente útil na detecção de câncer de mama em pacientes de alto risco podendo ser indicada como método complementar à mamografia.
Uso da ressonância magnética em casos de alto risco
O uso da ressonância magnética aumenta a sensibilidade do rastreamento da doença.
Esses resultados são especialmente importantes pelo fato da doença se expressar de forma mais agressiva nas pessoas de maior risco, que então se beneficiam de um diagnóstico precoce. Porém, é necessário frisar que a ressonância magnética é um exame complementar, e não um substituto da mamografia.
Como funciona o procedimento
A ressonância magnética é um exame simples, mas saber o que esperar pode aliviar a ansiedade e garantir um bom resultado. Devido ao forte campo magnético, o aparelho de RM funciona como um “ímã gigante”, exigindo a remoção de todos os objetos metálicos antes do exame.
Além disso, é preciso que o paciente permaneça imóvel durante todo o exame, que leva aproximadamente 30 minutos, para garantir a qualidade das imagens. Vale lembrar que para fazer a ressonância magnética das mamas é preciso administrar um contraste intravenoso para melhorar a visualização das estruturas internas.
Detecção precoce
A ressonância magnética é o exame mais sensível para a investigação do câncer de mama, ou seja, permite identificar lesões em estágios iniciais e soluciona dúvidas dos exames de mamografia ou ultrassonografia. Por isso, pacientes de alto risco devem realizar o rastreio do câncer de mama com exames complementares além da mamografia para melhor eficácia.
Por esses motivos, a RM se destaca dentre os métodos complementares de imagem. Converse com seu médico para entender seu perfil de risco para o câncer de mama e se há necessidade de realizar ressonância magnética ou outros exames complementares à mamografia
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