O ultrassom de mama na gravidez é o procedimento mais adequado para avaliar o tecido mamário da mulher durante a gestação e a lactação. Trata-se de um método seguro tanto para mãe quanto para o bebê, uma vez que não há emissão de radiação ionizante. Porém, é preciso lembrar que o período de gravidez provoca aumento das glândulas e alterações diversas nas mamas que estão se preparando para a amamentação. Por isso, o exame deve sempre ser realizado por um profissional especializado na área.

Quando fazer o ultrassom de mama na gravidez?

Visto que o ultrassom de mama não é o exame mais adequado para rastreio de câncer, ele deve ser feito apenas quando houver suspeita de alguma lesão que precise de mais investigação. Além disso, para garantir que a interpretação do ultrassom de mama na gravidez seja adequada, o exame deve ser feito por um médico radiologista especializado e bastante experiente na área, que saberá diferenciar adequadamente as alterações normais da gestação e as lesões suspeitas de malignidade.

O ultrassom de mama na gravidez é indicado apenas quando algum nódulo suspeito permanecer palpável por pelo menos duas semanas, tanto durante a gestação quanto ao longo da lactação. Também é preciso verificar se há vermelhidão, inchaço e saída de secreção sanguinolenta, inclusive pelos mamilos.

Benefícios do ultrassom de mama na gravidez para a saúde materna e fetal

O ultrassom de mama na gravidez tem como principal objetivo identificar e diagnosticar lesões avançadas que representem risco à saúde da mãe e do bebê, como um tumor maligno que precise de tratamento imediato ou até mesmo que esteja obstruindo a saída do leite.

Porém, em grande parte dos casos, as alterações palpáveis encontradas pela mulher durante a gestação ou lactação são benignas, podendo ser:

  • Galactocele: uma alteração comum durante ou após a amamentação;
  • Adenoma lactacional: um tumor benigno que pode crescer no final da gestação;
  • Fibroadenoma: o tumor benigno mais comum da gestação, que surge em resposta aos estímulos hormonais;
  • Mastite puerperal: um processo inflamatório que pode ser causado por infecção e gerar um abscesso.  

O ultrassom de mama na gravidez pode diagnosticar um câncer?

Caracteriza-se como “câncer de mama relacionado à gestação” aquele que é diagnosticado durante a gravidez ou até um ano após o parto, representando aproximadamente 3% de todos os casos de câncer de mama. 

Além disso, ele costuma ter um comportamento mais agressivo do que aqueles que crescem em outras fases da vida, e é justamente por isso que o ultrassom de mama na gravidez deve ser realizado sempre que lesões de alta suspeição forem encontradas.

E se o ultrassom de mama na gravidez vier alterado?

Após a identificação de alguma lesão altamente suspeita no ultrassom durante a gestação, a equipe médica da paciente deve avaliar os fatores de risco para câncer, o momento da gestação e a viabilidade do feto para definir as condutas seguintes. De forma geral, quando um nódulo suspeito é identificado via ultrassom ainda no primeiro trimestre, pode-se aguardar até o segundo trimestre para então realizar uma mamografia com proteção abdominal. Além disso, outras condutas que podem ser necessárias para o seguimento da mulher são a biópsia guiada por ultrassonografia e a avaliação dos linfonodos axilares.

Assim, sempre que um nódulo palpável for identificado pela paciente ou pelo médico durante a gestação, é necessário fazer uma avaliação clínica completa para então seguir com os exames necessários, como o ultrassom de mama na gravidez. E, como o diagnóstico de lesões mamárias durante a gestação e a amamentação é muito mais desafiador, é essencial que o exame seja realizado por um profissional experiente para evitar resultados falsos e o atraso do início do tratamento.

Cadastre-se em nossa newsletter e fique por dentro.

Publicamos conteúdos sobre a saúde feminina com atenção especial aos exames mamários e a importância do diagnóstico precoce.

Ao preencher este formulário você concorda com a nossa Política de Privacidade.